Dom Claudio Humes

04-03-2013 19:49

 

Dom Frei Cláudio Hummes OFM (Montenegro8 de agosto de 1934) é um frade franciscano, sacerdote católico brasileiro. Foi o décimo oitavo bispo de São Paulo, sendo seu sexto arcebispo e quarto cardeal. Na Cúria Romana foi prefeito da Congregação para o Clero.

Biografia

Nascido com os prenomes "Auri Afonso", filho de Pedro Adão Hummes e Maria Frank Hummes, teuto-brasileiros, ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1º de fevereiro de 1952, onde emitiu os primeiros votos no dia 2 de fevereiro de 1953 e professou solenemente no dia 2 de fevereiro de 1956, quando então mudou seu nome para "Cláudio".

Estudos

·         Ensino fundamental e básico no Seminário Seráfico São Francisco de Assis, TaquariRio Grande do Sul (1944-1949) e na Escola Paroquial Santo André (1941-1943)

·         Ensino médio no Seminário Seráfico São Francisco de AssisTaquariRio Grande do Sul (1950-1951).

·         Graduação em Filosofia (GaribaldiRio Grande do Sul1953-1954).

·         Graduação em Teologia (DivinópolisMinas Gerais1955-1958).

·         Especialização em Ecumenismo, no Instituto Ecumênico de Bossey (GenebraSuíça1968).

·         Doutorado em Filosofia (Roma1959-1962), com a tese “Renovação das provas tradicionais da Existência de Deus por Maurice Blondel em L'Action (1893)”

Vida religiosa

Ingressou na Ordem dos Frades Menores (franciscanos) em 1º de fevereiro de 1952, em GaribaldiRio Grande do Sul, onde emitiu os primeiros votos no dia 2 de fevereiro de 1953 e professou solenemente no dia 2 de fevereiro de 1956.

Presbiterado

Foi ordenado presbítero no dia 3 de agosto de 1958, por Dom João Resende Costa.

Atividades antes do episcopado

·         Professor de Filosofia no Seminário de Garibaldi1963-1968

·         Assessor para Ecumenismo da CNBB1965-1968

·         Professor e Reitor da Faculdade de Filosofia de ViamãoRS, (1969-1972)

·         Professor da Faculdade de Filosofia de Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), (1969-1972)

·         Formador dos seminaristas Franciscanos (Filosofia).

·         Superior Provincial da Província Franciscana do Rio Grande do Sul (1972-1975)

Episcopado

Em 22 de março de 1975 foi eleito bispo-titular de Carcábia e bispo-coadjutor de Santo André, com direito à sucessão. Em 25 de maio de 1975, aos quarenta anos de idade, recebeu a ordenação episcopal, na catedral de Porto Alegre, sendo sagrante principal Dom Frei Aloísio Leo Arlindo Cardeal Lorscheider, então arcebispo de Fortaleza, e consagrantes Dom Mauro Morelli, então bispo auxiliar de São Paulo, e Dom Urbano José Allgayer, então bispo auxiliar de Porto Alegre. Tomou posse a 29 de junho de 1975 e, a29 de dezembro do mesmo ano, assumiu como bispo diocesano de Santo André, sucedendo a Dom Jorge Marcos de Oliveira.[1]

Em 29 de maio de 1996 foi nomeado arcebispo de Fortaleza e a 15 de abril de 1998 foi transferido para a Sé de São Paulo, tomando posse em 23 de maio.

É considerado moderado, sendo preocupado com as questões sociais e zeloso em relação à doutrina da Igreja. Defensor dos direitos dos trabalhadores, foi uma voz de contestação ao regime militar brasileiro.

Cardinalato

No Consistório do dia 21 de fevereiro de 2001, presidido pelo Papa João Paulo II, na Basílica de São Pedro, Dom Cláudio foi criado cardeal-presbítero, do título de Santo Antônio de Pádua na Via Merulana. Em 2002, Hummes foi o orientador dos exercícios espirituais (retiro) que o Papa João Paulo II e a Cúria Romana participaram em fevereiro. Foi um dos cardeais eleitores do Conclave de 2005, tendo sido considerado papabile pela imprensa mundial.

Em 31 de outubro de 2006 foi nomeado prefeito da Congregação para o Clero, função que exerceu até o dia 7 de outubro de 2010, quando foi aceita sua renúncia pelo Papa Bento XVI.[3]

Aos 18 de abril de 2011 o Cardeal Arcebispo Metropolitano de São Paulo Dom Odilo Scherer o nomeou Vigário-Geral da Arquidiocese de São Paulo e orientador das Pastorais do Mundo do Trabalho, dos Movimentos Eclesiais e das Novas Comunidades.

No dia 25 de junho de 2011 foi nomeado pela Presidência da CNBB como presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia.

Papa Bento XVI o nomeou membro da Pontifícia Comissão para a América Latina no dia 19 de julho de 2011.[4]

Brasão e Lema

Descrição: Escudo eclesiástico, partido: o 1º de sépia com um in-fólio aberto de argente, tendo uma espada e uma pena do mesmo, postas em aspa e brocantes sobre o livro. O 2º de argente, com um braço humano vestido de sépia, movente do flanco dextro, e outro de carnação, movente do flanco senestro, passados em aspa e com ambas as mãos chagadas de goles, encimados de uma cruz latina de sépia – modificado das Armas da Ordem Franciscana. Chefe de blau com uma estrela de doze pontas, de sépia, perfilada de jalde. O escudo está assente em tarja branca, na qual se encaixa o pálio branco com cruzetas de sable. O conjunto pousado sobre uma cruz trevolada de duas travessas de ouro. O todo encimado pelo chapéu eclesiástico com seus cordões em cada flanco, terminados por quinze borlas cada um, tudo de vermelho. Brocante sob a ponta da cruz um listel de blau com a legenda: OMNES VOS FRATRES, em letras de argente.

Interpretação: O escudo obedece as regras heráldicas para os eclesiásticos. No 1º, o campo sépia representa a cor do hábito franciscano, à qual pertence o cardeal, sendo equivalente ao sable (negro), que simboliza: a sabedoria, a ciência, a honestidade, a firmeza e a obediência ao Sucessor de Pedro. O in-fólio com a espada e a pena representamSão Paulo Apóstolo, numa referência ao padroeiro do Estado, da cidade e da Arquidiocese, sendo de argente (prata) simboliza a inocência, a castidade, a pureza e a eloquência, virtudes essenciais num bispo.

No 2º, o metal argente (prata) com seu significado já descrito, substituiu o blau (azul) do brasão original franciscano; os braços representam os membros de Nosso Senhor Jesus Cristo e de São Francisco de Assis, na recepção das chagas; a cruz é o sinal da fé cristã e da salvação. O chefe em blau (azul) representa o manto de Maria Santíssima, sob cuja proteção o cardeal pôs sua vida sacerdotal, e, heraldicamente, significa: justiça, serenidade, fortaleza, boa fama e nobreza; a estrela de doze pontas representa Nosso Senhor Jesus Cristo e seus doze apóstolos, sendo de sépia simboliza: a sabedoria, a ciência, a honestidade, a firmeza e a obediência e seu perfilado de jalde (ouro) simboliza: nobreza, autoridade, premência, generosidade, ardor e descortínio. O lema é tirado da Bíblia (Mt 23,8): "Vós sois todos irmãos", sendo bem apropriado para um frade franciscano.

[editar]Atividades e contribuições

·         Membro da Comissão Episcopal da CNBB para o Ecumenismo, para os Leigos e Pastoral Operária, (1979-1983

·         Membro da Comissão Episcopal da CNBB para a família e a cultura, (1995-1998

·         Assessor Nacional da Pastoral Operária (1979-1990

·         Foi um dos organizadores do II Encontro Mundial das Famílias com o Papa João Paulo II, no Rio de Janeiro, (1997)

·         Foi quem concedeu o Reconhecimento à nível Arquidiocesano a Comunidade Católica Shalom em 1998

·         Em São Paulo deu muita atenção às obras das vocações, à formação do clero e à evangelização da cidade.

[editar]Atividade na Cúria Romana

Membro de:

·         Congregação para a Doutrina da Fé

·         Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos

·         Congregação para os Bispos

Membro dos:

·         Pontifício Conselho para a Cultura

·         Pontifício Conselho para os Leigos

·         Pontifício Conselho para a Família

·         Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-Religioso

·         Pontifício Conselho Cor Unum

·         Pontifícia Comissão para a América Latina

·         Conselho Ordinário da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos